sexta-feira, 28 de março de 2014

O primeiro problema de saúde

O post de hoje se trata de uma experiência que tive e pretendo relatá-la. Não vou citar nomes, mas acredito que seja muito importante pra ficarmos de olhos abertos quando o assunto é a saúde do nosso animal de estimação.

O primeiro problema de saúde da Lola veio mais cedo do que eu imaginava.
Logo após a chegada da Lola em minha casa, umas 3 semanas depois, percebi um pequeno corrimento no paninho em que ela deitava. Era um corrimento com aspecto purulento mas não tinha nenhum cheiro de infecção, ou qualquer coisa parecida.  Lola estava normal, estava comendo normalmente, brincando como sempre... Enfim, nada de errado com seu comportamento, mas de qualquer jeito, entrei em pânico!

No sábado pela manhã liguei para uma clínica veterinária bem reconhecida do bairro onde moro, e entrei em contato com o veterinário de plantão. Este senhor me disse que eu deveria levá-la para a clínica imediatamente.
Tive receio de levar a  Lola ainda tão novinha à clínica veterinária, pois ela não tinha completado o esquema de vacinação. Até aquela data, ela só tinha tomado a primeira dose no Reanfer, canil de onde ela veio. Tive que levar a Lola no meu colo até a clínica veterinária, já que não devemos  expor o filhotinho a possíveis bactérias e/ou vírus antes de tomar as 3 doses da vacina.

Dica: Se for levar o cachorrinho a uma clínica veterinária, é sempre  bom sempre mencionar que o filhote ainda não possui todas as vacinas. Afinal, nunca se sabe se algum cachorro com alguma doença infecciosa acabou de consultar por lá, não é?

Quando cheguei lá fui muito bem tratada, o médico retirou um pouco do material do corrimento da Lola e observou. Observando, ele constatou  uma infecção e que Lola deveria tomar um antibiótico injetável e outro via oral por um determinado tempo.

Ok. Lola tomou a injeção com o antibiótico injetável e logo que cheguei em casa, tratei de comprar a medicação receitada pelo médico.
Ao final deste tratamento Lola não apresentava nenhuma melhora. Liguei para o médico que me atendeu e o mesmo recomendou um outro antibiótico. Fiquei bastante assustada quando li a bula, que dizia que não deveria ser ministrada para filhotes, principalmente filhotes de raças grandes, pois poderia desencadear sérios problemas de articulação. Liguei novamente para o médico relatando o que li na bula, e ele me assegurou que eu não deveria ficar assustada e deveria ministrar mesmo assim a medicação. Não discuti mais, já que ele havia estudo medicina veterinária  e não eu.

Ao final deste novo tratamento, mais uma vez, Lola não obteve melhoras. E eu ficando cada vez mais preocupada... 
Visitei o "Dr. Google", sei que não é o que devemos fazer, mas descobri que existe uma doença chamada "vaginite da cadela pré-púbere", onde os sintomas eram bem parecidos com os que Lola apresentava. E há um detalhe importante nisso: se Lola tivesse realmente essa vaginite, os sintomas desapareceriam com o crescimento da cadela.

Liguei para o veterinário e o mesmo falou que "poderia ser isso, sim", mas ele não tinha certeza. Olha, a partir daí comecei a ficar com um pé atrás (confesso que desde a bula já estava um pouco receosa). Ele falou que queria vê-la novamente. Quando ele a viu novamente, receitou um outro remédio, desta vez, eu deveria aplicá-la com um conta-gotas, na região do corrimento e aguardar, pois segundo ele, "deveria melhorar". Pois é, não melhorou.

Minha preocupação já estava nas alturas, e finalmente, o médico, resolveu fazer um exame de ultrassom.
Um dia, voltando do trabalho, reparei que havia uma nova clínica veterinária no meio bairro, que também oferecia serviços de pet shop. Eu como sou muito curiosa, entrei e comecei a conversar com uma moça que estava  lá atendendo. Após longos minutos de conversa,  ela me afirmou que era veterinária e proprietária da loja/clínica, era a chance que eu tinha de ter uma outra opinião sobre a saúde da Lola. Ela me disse que  uma coleta e análise do material seriam extremamente necessárias, para só assim, entrar com antibiótico. De fato, muito coerente, pois o antibiótico seria específico para o caso da Lola.

No dia seguinte seria o ultrassom. Lá, o médico que realizava o exame (para quem não sabe, quem realiza o exame do ultrassom também deve ser um médico veterinário) viu uma pequena inflamação na bexiga, mas nada que justificasse o corrimento da Lola. Quando ele olhou a região do corrimento, afirmou que o  era a tal vaginite da cadela pré-púbere.

Hum, então, se tinha uma leve inflamação e o corrimento era a tal vaginite, não deveriam receitar outro antibiótico, não é!?  Mas receitaram.
Assim que o veterinário que realizou o exame foi embora, o médico que me atendeu desde o começo dessa novela, receitou 2 novos antibióticos!!!! MAIS DOIS!!! Sendo que um já era um antigo que não surtiu efeito com a Lola.

Bom, saí da clínica com essa impressão do médico:


Assim que saí da clínica, fui à clínica da outra veterinária que (Seu nome é Ana Muniz)  coletou material da Lola e mandou para análise.
Resolvi ministrar os dois antibióticos na Lola por puro desencargo de consciência, mas hoje em dia eu não o faria nunca!!! Ela estava há praticamente 1 mês tomando antibiótico e tinha apenas 3 meses de vida!

Enfim, resumo da ópera? Quando chegou o resultado do exame, o corrimento da Lola não era NADA. Simplesmente uma alteração da própria flora vaginal dela, onde não a administração de antibiótico não era necessária. Era a tal "vaginite da cadela pré-púbere". E a Lola tomou antibiótico por 1 mês desnecessariamente.
Não preciso nem falar que essa moça virou a veterinária de hiper confiança da Lola, não é?
Quem quiser  e morar em Niterói, terei o maior prazer em dar o contato dela!

Dica: Antes mesmo de pegar um filhotinho, entre em contato com amigos já possuam bichinhos de estimação, pergunte sobre um veterinário de confiança. Ter um veterinário que saiba o histórico do filhote, saber de suas alergias e comportamentos é bem melhor que bater cabeça por aí atrás de um profissional de confiança.

Esse post também é dedicado para sempre que tivermos dúvida, procurar também outra opinião profissional. Não há problemas em consultar outros médicos também. Pesquise, se informe. Lola poderia ter tido algo bem sério tomando tanto antibiótico em tão pouco tempo.

Para finalizar, aí vai uma foto da época que a Lola teve esse probleminha de saúde.


Lambeijocas da Lola para todos!
:p

segunda-feira, 24 de março de 2014

A primeira semana

Como já havia dito no post anterior, eu tinha constantemente uma leve sensação de "não sei o que fazer" toda vez que Lola acordasse já que eu não sabia como reagir. A qualquer momento poderia vir um cocô ou um xixi pelo caminho, ou ela poderia morder alguma tomada, enfiar o focinho entre o sofá... Enfim, são mil e uma artes para um filhote de Labrador fazer! hehehehe

A primeira semana de Lola em casa foi o período mais complicado de adaptação, tanto pra ela, quanto pra mim.
Eu ia trabalhar sempre pensando em como ela estava, se ela estaria bem, se ela não faria algo que pudesse se machucar e eu não estaria em casa para socorrê-la. Preocupações de mãe. hehehehe
Lola dormindo com seu inseparável coelhinho de pelúcia

Anteriormente já havia dito que Lola ficava a maior parte do tempo dormindo, ela só acordava para comer, fazer xixi e cocô e brincar um pouquinho com um ursinho de pelúcia.

Dica:
Se você puder, deixe na ninhada do cachorrinho umas duas semanas antes de você ir apanhá-lo, um bichinho de pelúcia. Nele ficarão os cheiros da mãe e dos irmãozinhos, o filhotinho se sentirá mais seguro no novo lar e a adaptação do cachorro será melhor. ;) Lola não desgrudava desse coelhinho. Ele sobreviveu às mordidas de Lola até há 1 mês atrás!

A primeira noite:
Eu já havia comunicado a síndica (que é a minha vizinha de cima) que eu iria pegar um labrador. Aliás, deixei todos os vizinhos  que eu tenho contato por dentro da situação. Avisei que iria pegar um cachorro, e que provavelmente nos primeiros dias, os cãozinho iria chorar.
Na primeira noite, eu esperava que fosse um chororô só. Mas Lola só dormiu. Pensei: "Ah, então ela nem vai chorar mais amanhã." Bom... Não foi bem assim.

Na segunda noite Lola SÓ chorou e latiu. Eram choros e latidos muuuuuuito tristes e eu ficava morrendo de dó no meu quarto, quase chorava junto também. Na época, acompanhava vários sites de adestramento e comportamento animal, (recomendo o  DogTimes) eu não poderia de forma alguma ir até lá acalmá-la, pois estaria ensinando que chorando e latindo ela conseguiria o que quisesse de mim.

Dito e feito, na quinta noite em diante, Lola não chorou mais e se acostumou a dormir sozinha.
Hoje em dia, se Lola chora, é por algum motivo sério (ou então porque a prendi na cozinha para aspirar a casa. Lola tem verdadeira paixão pelo aspirador de pó. Nunca entendi isso, mas enfim...)

Já reparei que de manhã bem cedinho, às 7h da manhã, quando dou aula particular na minha casa, Lola chora um pouquinho bem baixinho durante as aulas. Agora eu faço o seguinte, acordo bem mais  cedo e brinco muito! Muito mesmo! Até cansá-la. Ela fica feliz e satisfeita dormindo na caminha dela enquanto dou aula e não tem mais o chororô.
Mas se é algum aluno(a) que ela ama de paixão, ah isso já é outra história...

Dica:
Toda vez que o cachorro chorar por atenção, por mais que seja uma tentação absurda acalentar esse filhotinho tão querido, NÃO VÁ ATÉ O CÃO, pois desde cedo não devemos acostumar o cão com hábitos que serão indesejáveis no futuro. Você só estará ensinando ao filhote que "latindo e chorando você irá conseguir atenção e carinho".
Vai doer quando o cão chorar e você vai querer ir até lá, mas pense que você estará educando seu cão.
Afinal, nada pior do que um cão mal educado chorando e latindo por atenção o tempo todo, não é?

sexta-feira, 21 de março de 2014

A chegada da Lola

Não consegui nem dormir de tanta ansiedade! Finalmente o dia havia chegado e eu iria buscar a Lola!
Meu namorado e eu fomos até Pedra de Guaratiba pela terceira vez, mas desta vez, nós não voltaríamos só nós dois.

Antes de sair de casa preparei tudo:

Lola dormindo em seu primeiro dia em casa
Retirei todas as coisas de um pequeno quartinho nos fundos do apartamento e também de um banheiro, que fica ao lado da área de serviço. Esses locais seriam onde Lola iria ficar! Montei um "banheiro" para a Lola no banheiro e uma caminha no quartinho. Estava tudo "organizado" hehehehe.

Chegando em casa, Lola solta, eu já esperava que ela fosse fazer xixi. Tentei ficar com ela a todo momento, para incentivá-la assim que fizesse xixi, faria muita festa. Mas a bolinha de pelos só queria dormir, dormir e dormir. No momento em que me distraí para pegar uma água... surpresa!  Lola fez xixi em sua cama e foi dormir onde era o seu banheiro!! hehehehehe Tudo bem, ok, isso também poderia acontecer.

1° dia: cama vira banheiro e banheiro cama
Quando ela chegou, eu tinha aquela sensação: "Ai, meus Deus! E agora? O que eu faço?"  Acredito que seja parecido com a sensação de quando mães de primeira viagem têm seus bebês e não sabem muito bem o que fazer com eles quando estão acordados. Enquanto Lola estava acordada eu ficava desesperada atrás dela para ver o que ela ia fazer. Eu não sabia muito bem como agir, o que fazer, a melhor maneira de deixá-la confortável... 

Lola adorava dormir e dormia a maior parte do tempo. Ela era um filhotinho bem calminho e ficava o tempo todo dormindo no meu pé. Ok, isso era realmente muito fofo.

Chegada do cachorro no apartamento:

Quando se decide ter um cachorro em um apartamento e esse cão ainda é filhote, sugiro duas coisas cruciais:

1) Tire férias no primeiro mês de adaptação do cão.
 Quando a Lola chegou eu estava para entrar de férias nos trabalhos. Sou professora e trabalho em três escolas. Na época, trabalhava os três turnos e passei a trabalhar somente no turno matutino, o que me facilitou MUITO na adaptação da Lola. Acredito que seja de extrema importância estar ao lado do cão nesse 1° mês de adaptação. O cão aprenderá comandos muito rapidamente, você criará um vínculo emocional muito forte e também poderá acompanhar tudo o que o cãozinho fizer, repreendendo as coisas erradas e elogiando os comportamentos certos.

2) Delimite espaços na sua casa logo quando o cão chegar
Comprei uma cerca (dessas de pressão) separando a cozinha da sala. Até os 3 meses, quando ela já tinha um controle melhor sobre suas necessidades biológicas, Lola ficou somente na cozinha, área de serviço, quartinho e banheiro dos fundos. No resto da casa, eu só deixava ela ir se eu ficasse o tempo inteirinho ao seu lado, pois o xixi (ou cocô) poderia vir a qualquer hora.
Essa delimitação de espaço também é uma boa, pois ajuda o cão a ir mais depressa até o jornal quando está com vontade de urinar ou defecar. Imagina se o cãozinho ainda filhote, que não consegue se segurar, está no outro lado do apartamento e tem que ir correndo até seu "banheiro" fazer suas necessidades? Claro que o filhotinho irá fazer ali mesmo onde está. Essa tática da delimitação de espaços é realmente muito boa, Lola foi muito rápida ao aprender a usar o banheiro. Nos seus 2 meses e meio ela já ia tranquilamente ao seu banheiro. Mas esse assunto de como ensinar a ir ao banheiro eu conto em outro post. :)



quinta-feira, 20 de março de 2014

Um filhote de Labrador

Quando decidi ter um cachorro no meu apartamento, comecei uma busca por canis sérios no Rio de Janeiro.
Telefonei para todos, procurei saber como os cachorros eram tratados, quais eram as rações que eles davam, quantos cachorros eles tinham, quantas matrizes... enfim! Uma série de perguntas... Até que encontrei o canil Reanfer em Pedra de Guaratiba (São 70km de distância de Niterói). Liguei para a proprietária e conversei com ela durante 1 hora e meia. A conversa foi encantadora, e foi o único canil que me conquistou assim de cara. Mas eu precisava ir lá pra ver, não é? Quando cheguei lá, fiquei impressionada com o local. O canil era maravilhoso e não me restaram dúvidas de que era dali que eu queria um filhote.
A estrutura era impecável e os cachorros ficavam soltos a maior parte do tempo. Era um sítio bem grande.

Lá encontrei duas fêmeas prenhas, a Cristal e a Luka,  ambas de temperamentos diferentes.
A proprietária (Patrícia) me informou que a Cristal era mais curiosa, brincalhona, enquanto a Luka já era mais velha e muito doce e meiga (assim como a Dunya!!!). No primeiro momento, ficaria com um filhotinho da Luka, mas quando eu a vi, fiquei impressionada. Ela era a maior fêmea prenha que já vi em toda minha vida! Parecia que tinham uns 20 filhotes dentro da barriguinha dela!! Já a Cristal interagiu mais comigo, brincou, cocei sua barriga... Acabei me identificando mais com  Cristal, mas aguardei para ver os filhotes.

Tamanho: Minha intenção inicial era ter um labrador fêmea e que não fosse muito grande, mas "Como saber se um filhotinho será pequeno ou grande?" Bom, podemos ter uma ideia conhecendo os pais do filhote. A Luka era enorme, a Cristal tinha um porte médio e o pai das ninhadas das duas, um cachorro chamado Jonny, tinha um porte médio/grande para um labrador. Acho que eu  tinha mais chances com a Crital né?
Acompanhei as gestações das cadelas e assim que os filhotinhos nasceram, me ligaram do canil para dizer que a partir de 20 dias eu poderia ir lá vê-los. Quando fui lá, não me deixaram tocar nos filhotinhos (gente, nem sabia disso, mas as fêmeas podem rejeitar os filhotinhos se sentirem cheiros que não são familiares).
Quando vi as fêmeas da ninhada.... Gente.... As filhotinhas da Luka eram GIGANTESCAS! Era algo tipo o triplo do tamanho da Lola, que tinha a mesma idade. Aqui vai uma foto das ninhadas para vocês verem que não estou exagerando quando falo do tamanho dos filhotinhos da Luka.

Quando vi a Lola na mão do Geraldo (marido da Patrícia)  eu sabia que era aquela coisinha fofa que seria minha "filha". Ela era a menorzinha, parecia ser a coisa mais meiga do mundo!! Ela tinha olhinhos meio assustados, não sabia o que estava acontecendo e por que tiraram ela de perto da mãe. Ela era uma das filhotinhas da Cristal.
Lola escolhida, o canil me mandava sempre fotos da Lola para  acompanhar o seu crescimento, aqui vão duas:

 Aqui a Lola já tinha 30 dias de vida. Bem pequenininha ainda... E em comparação com seus irmãos e colegas (da ninhada da Luka) a Lola ainda era bem pequenina.

Temperamento: Todos pensam que Labradores são malucos, loucos, desvairados e hiperativos. Para alguns isso é verdade, mas se observarmos os pais, o filhote e também a ninhada, podemos constatar alguns traços que se desenvolverão mais no futuro.
A Lola sempre foi curiosa e "fuxiqueira" hehehehehe. A Patrícia já havia me dito que a Cristal era muito curiosa e mais brincalhona e elétrica do que a Luka, que era paradona, calma e meiga (isso me lembra muito a Dunya hehehehe). Desde que a Lola nasceu, quando eu ligava para o canil para perguntar da Lola, sempre me diziam que ela era a mais "fuxiqueira" da ninhada. Se fosse a hora de dormir e alguém abrisse alguma porta, Lola era a única que  levantava as orelhas para ver o que estava acontecendo de diferente. Esse era um traço observado na infância que se intensificou agora. Qualquer coisa que caia, se mexa ou faça barulho, não importa o que a Lola esteja fazendo, ela para pra procurar o que está acontecendo.
Dica: Então, quando for procurar por um canil, escolha um de confiança, visite o local de onde seu filhotinho veio, peça para ver os pais e saber como são. As características dos pais muitas vezes acompanham o filhote também. Nunca escolha um filhote de pessoas que fazem reproduções sem nenhum critério, onde as matrizes são judiadas e têm ninhadas de cio em cio.
Os canis sérios se preocupam com a raça com que trabalham, não fazem criações indevidas, como irmão com irmã,  em busca de obter somente o lucro em detrimento do bem estar dos cães e dos filhotes. Se você não tem uma raça específica em mente como eu tinha, adote! Há muitos cachorros abandonados por pessoas sem coração algum. Há vários centros de adoção espalhados pelas cidades que fazem trabalhos maravilhosos pelos cães.
Bom, acho que por hoje é só né? Nossa, eu falo muito! hehehehehehe


Lambeijocas da Lola para vocês!

A paixão pela raça Labrador

Antes de mais nada seria interessante abordar um pouco minha paixão pelos labradores. Gosto muito de cachorros, mas na minha opinião, não existe raça mais companheira, confiável, leal do que os Labradores.

No post anterior já havia dito sobre minha vontade de criança  de ter cachorros e a não aceitação por parte de meus pais. Pois bem, nos meus 15 anos, meu pai comprou uma casa de campo e na segunda vez que fomos a casa, achamos um filhotinho perdido andando pelas redondezas. Mas é claro que peguei o cachorro! E, claro, mais uma vez, tentei implorar para ficar com o filhotinho em nossa casa, não na casa de campo. Nomeamos o filhotinho de Thor e mais tarde descobrimos que era um mestiço de fila brasileiro com labrador. Thor havia fugido de uma das casas da vizinhança e quando fomos devolvê-lo, nos deixaram ficar com ele. Algum tempo depois, ganhei de um grande amigo de meu pai uma filhotinha de labrador, Dunya. E aí que começa a minha história com os Labradores. 

Dunya e Thor viraram grandes amigos, sempre brincalhões, correndo no quintal mas o Thor, por vezes, era bastante violento com quem não era da família. Por diversas vezes tentou avançar em meus tios e até mesmo minha avó! Conosco, Thor era um amor, sempre brincalhão e malandro.
Eu aos 15 anos com Thor à esquerda e Dunya à direita.




Dunya era o oposto. Doce, meiga, uma manteiga de cachorro. Qualquer um que passasse perto dela, era o momento certo para mostrar sua barriga e esperar por um carinho. 
Nesse período, morei um tempo fora do país e meus pais só me mandavam fotos dos cachorros e também o desenvolvimento deles. Quando já estava por retornar, minha mãe me avisou que Dunya estava prenha e ficaríamos com um filhotinho :) Claro, na mesma hora já pensei em colocar meus poderes de argumentação, convencimento e também de persuasão em prática, para tentar ficar com um filhotinho na nossa casa.
Dunya e Teddy

Quando retornei ao Brasil os filhotinhos já tinham nascido e me apaixonei por um em especial, o Teddy. Ele era o mais quietinho, antissocial e triste da ninhada. Todos me falavam para pegar o maior e mais esperto, mas não! Eu queria "aquele quietinho dali!". Teddy ficou conosco e ele, também muito doce, conquistou a todos. Teddy era um pouco mais agitado que a Dunya mas ainda assim tinha aquele típico temperamento do Labrador. 

Eu só ia 1 vez por semana visitar os cachorros e a cada ida, era uma festa cheia de baba, pulo e pelos! Antes que digam algo, temos um caseiro de extrema confiança e respeito. É uma pessoa de um caráter excepcional e só confio meus cachorros a ele, a mais ninguém. Não sei o que faria se ele lá não estivesse. Ele mora ao lado de nossa casa com a sua família. Os cachorros têm contato diário com a esposa dele e seus filhos que são crianças muito amáveis. Definitivamente não deixaria meus cachorros sozinhos, se assim fosse, preferia não tê-los.

Pois bem. Em 2010 me formei e vim morar em Niterói. Após 4 anos de saudades eternas de minha família, amigos e meus 4 cachorros (em 2010 nasceu Bob, filho de Dunya e Thor), após pensar e pensar, decidi ter meu labrador na minha casa (que é um apartamento).
 Dunya, Teddy e Bob

Li muitos sites nacionais e estrangeiros sobre a raça (a grande maioria de sites sobre Labradores está em inglês e muitas das informações de páginas nacionais são traduzidas de lá). Por um momento quase me desviei de meu objetivo inicial, e fui atrás de um Bulldog inglês (mas é uma graça mesmo). Iria adotar um de uma colega de trabalho, que iria se mudar e não poderia ficar com o cachorro, mas acabou que a menina desistiu da adoção. Voltei ao meu foco "labradorístico" inicial hehehehe.
Para resolver minhas questões pessoais de criar ou não a raça em um apartamento, encontrei muitos relatos de  criadores, veterinários e "pais e mães" de labradores.  Minha conclusão dessa pesquisa foi que era possível, mas era de fato um desafio. Ouvi de muitos, aliás, quase todos, que eu desistiria, que era impossível, que era uma maldade com o animal. Ora, maldade seria se eu deixasse o cachorro o dia inteiro trancado em um apartamento (ou um canil, ou até mesmo um quintal minúsculo para aqueles que moral em casa) sem uma rotina de exercícios e isso é válido até para os pequeninos  Poodles e Pinschers!

Confesso que tenho uma rotina espartana com exercícios, brincadeiras, alimentação em horários certos, retirada diária dos pelos mortos além de treinos de comandos. Fora a limpeza diária da casa que é o triplo de uma casa sem um labrador, mas esses são assuntos para outros posts.
Agora deixo duas perguntas para finalizar o post: o que é melhor para o animal, já que cães são seres extremamente sociáveis (ainda mais Labradores), ficar em um apartamento, tendo contato diário com o dono, ou ficar em uma casa, com um quintal um dia inteiro sozinho, vendo o dono somente na hora da  alimentação? Será que a pessoa ter ou não um quintal é o único fator na hora de cuidar bem de um cão?



quarta-feira, 19 de março de 2014

Sim, é possível criar um labrador em um apartamento!


Desde pequena meu grande sonho sempre foi ter um cachorro, e repetia insistentemente que “…quando morar sozinha, vou ter um cachorro!”. Meus pais alegavam inúmeros motivos para não termos um cão: minhas alergias, a sujeira que o cachorro faria, que eu não cuidaria, e por fim,  minha asma crônica. Nunca desisti deste sonho, mas confesso que demorei um tempo até realizá-lo.
Em 2013, no meu aniversário de 25 anos, após 4 anos morando longe de meus pais, resolvi que era hora de finalmente realizar o meu sonho e ter um labrador em minha companhia. Sabia que seria um desafio, mas nada me abalaria.
A ideia inicial deste blog é relatar a incrível aventura que embarquei de criar um labrador em um apartamento, das mais difíceis, às mais prazerosas.
Hoje Lola tem 10 meses de muita alegria, não come mais móveis, sabe alguns comandos e faz xixi e cocô somente no jornal. Tudo isso aprendido com muita persistência e amor!
Pretendo mostrar que, sim, é possível criar um labrador em um apartamento, desde que esteja ciente de que sua vida irá mudar substancialmente.
 Dedico este blog a todos as pessoas que desejam ter um labrador em um apartamento e buscam respostas, até aqueles que acham que não é possível ter um cão ativo em um espaço limitado.