quinta-feira, 20 de março de 2014

A paixão pela raça Labrador

Antes de mais nada seria interessante abordar um pouco minha paixão pelos labradores. Gosto muito de cachorros, mas na minha opinião, não existe raça mais companheira, confiável, leal do que os Labradores.

No post anterior já havia dito sobre minha vontade de criança  de ter cachorros e a não aceitação por parte de meus pais. Pois bem, nos meus 15 anos, meu pai comprou uma casa de campo e na segunda vez que fomos a casa, achamos um filhotinho perdido andando pelas redondezas. Mas é claro que peguei o cachorro! E, claro, mais uma vez, tentei implorar para ficar com o filhotinho em nossa casa, não na casa de campo. Nomeamos o filhotinho de Thor e mais tarde descobrimos que era um mestiço de fila brasileiro com labrador. Thor havia fugido de uma das casas da vizinhança e quando fomos devolvê-lo, nos deixaram ficar com ele. Algum tempo depois, ganhei de um grande amigo de meu pai uma filhotinha de labrador, Dunya. E aí que começa a minha história com os Labradores. 

Dunya e Thor viraram grandes amigos, sempre brincalhões, correndo no quintal mas o Thor, por vezes, era bastante violento com quem não era da família. Por diversas vezes tentou avançar em meus tios e até mesmo minha avó! Conosco, Thor era um amor, sempre brincalhão e malandro.
Eu aos 15 anos com Thor à esquerda e Dunya à direita.




Dunya era o oposto. Doce, meiga, uma manteiga de cachorro. Qualquer um que passasse perto dela, era o momento certo para mostrar sua barriga e esperar por um carinho. 
Nesse período, morei um tempo fora do país e meus pais só me mandavam fotos dos cachorros e também o desenvolvimento deles. Quando já estava por retornar, minha mãe me avisou que Dunya estava prenha e ficaríamos com um filhotinho :) Claro, na mesma hora já pensei em colocar meus poderes de argumentação, convencimento e também de persuasão em prática, para tentar ficar com um filhotinho na nossa casa.
Dunya e Teddy

Quando retornei ao Brasil os filhotinhos já tinham nascido e me apaixonei por um em especial, o Teddy. Ele era o mais quietinho, antissocial e triste da ninhada. Todos me falavam para pegar o maior e mais esperto, mas não! Eu queria "aquele quietinho dali!". Teddy ficou conosco e ele, também muito doce, conquistou a todos. Teddy era um pouco mais agitado que a Dunya mas ainda assim tinha aquele típico temperamento do Labrador. 

Eu só ia 1 vez por semana visitar os cachorros e a cada ida, era uma festa cheia de baba, pulo e pelos! Antes que digam algo, temos um caseiro de extrema confiança e respeito. É uma pessoa de um caráter excepcional e só confio meus cachorros a ele, a mais ninguém. Não sei o que faria se ele lá não estivesse. Ele mora ao lado de nossa casa com a sua família. Os cachorros têm contato diário com a esposa dele e seus filhos que são crianças muito amáveis. Definitivamente não deixaria meus cachorros sozinhos, se assim fosse, preferia não tê-los.

Pois bem. Em 2010 me formei e vim morar em Niterói. Após 4 anos de saudades eternas de minha família, amigos e meus 4 cachorros (em 2010 nasceu Bob, filho de Dunya e Thor), após pensar e pensar, decidi ter meu labrador na minha casa (que é um apartamento).
 Dunya, Teddy e Bob

Li muitos sites nacionais e estrangeiros sobre a raça (a grande maioria de sites sobre Labradores está em inglês e muitas das informações de páginas nacionais são traduzidas de lá). Por um momento quase me desviei de meu objetivo inicial, e fui atrás de um Bulldog inglês (mas é uma graça mesmo). Iria adotar um de uma colega de trabalho, que iria se mudar e não poderia ficar com o cachorro, mas acabou que a menina desistiu da adoção. Voltei ao meu foco "labradorístico" inicial hehehehe.
Para resolver minhas questões pessoais de criar ou não a raça em um apartamento, encontrei muitos relatos de  criadores, veterinários e "pais e mães" de labradores.  Minha conclusão dessa pesquisa foi que era possível, mas era de fato um desafio. Ouvi de muitos, aliás, quase todos, que eu desistiria, que era impossível, que era uma maldade com o animal. Ora, maldade seria se eu deixasse o cachorro o dia inteiro trancado em um apartamento (ou um canil, ou até mesmo um quintal minúsculo para aqueles que moral em casa) sem uma rotina de exercícios e isso é válido até para os pequeninos  Poodles e Pinschers!

Confesso que tenho uma rotina espartana com exercícios, brincadeiras, alimentação em horários certos, retirada diária dos pelos mortos além de treinos de comandos. Fora a limpeza diária da casa que é o triplo de uma casa sem um labrador, mas esses são assuntos para outros posts.
Agora deixo duas perguntas para finalizar o post: o que é melhor para o animal, já que cães são seres extremamente sociáveis (ainda mais Labradores), ficar em um apartamento, tendo contato diário com o dono, ou ficar em uma casa, com um quintal um dia inteiro sozinho, vendo o dono somente na hora da  alimentação? Será que a pessoa ter ou não um quintal é o único fator na hora de cuidar bem de um cão?



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